Atualmente, sou um estudante em Aracaju, e venho cursando Ciência da Computação há mais de 2 anos. Mas nem sempre morei aqui: venho do interior da bahia, onde vivi a maior parte da minha vida (uns 15 anos). Eu sou apenas mais um de vários cidadãos que deixaram suas comunidades de menor escala para cidades maiores (não sou nem o único autor desse blog a sair do MESMO lugar). E querendo ou não, crescimento populacional acarreta crescimento de problemas como engarrafamento e poluição (mas eu juro que ando de ônibus!). Considerando isso, e os avanços tecnológicos dos últimos anos, autoridades começam a olhar para cidades inteligentes como maneira de solucionar esses problemas.
Uma cidade é considerada "inteligente" quando se utilizam tecnologias de informação e comunicação -- ferramentas que facilitam comunicação, integrados para atingir um objetivo -- e Internet das Coisas (IoT) para conectar infraestruturas de uma cidade e permitir a gestão dos recursos dela, como escolas, hospitais, sistemas de transporte e outros serviços. A definição exata chega a variar dependendo de quem você pergunte, mas a conexão das diferentes áreas -- cidadãos, organizações, instituições -- junto ao compartilhamento de dados envolvidos nessa conexão que permitem uma participação maior dos habitantes no governo são aspectos constantes entre as diferentes interpretações. Esse conceito está fortemente atrelado ao de um governo aberto e dados abertos governamentais, idéias abordadas por "Hao" aqui no blog.
Uma cidade produz MUITA informação, e sensores são usados em toda parte para detectá-las. Considere Amsterdã, ganhadora do prêmio Capital de Inovação européia de 2016. Com os dados de agências de polícia, características de uma área podem ser usadas para prever a probabilidade de crime nela. Dados de trânsito ajudam a formular algoritmos que diminuam congestionamentos. Padrões de chuva são analisados para procurar formas de reduzir o impacto de alagamentos. Postagens online em plataformas como Twitter são mineradas para estudar o movimento de multidões e lidar com o problema de acúmulo de pessoas em um único ponto.
Esses dados e muitos outros estão, obviamente, abertos. Não se trata apenas de transparência, mas sim de uma participação ativa da sociedade além de eleições a cada 4 anos. Abrir os dados, mesmo aqueles que não são necessariamente governamentais, significa permitir que indivíduos sejam mais engajados no processo de tomada de decisões.
Constantinos Hambidis, atual (e até agora, único!) diretor digital de Atenas -- premiada Capital de Inovação européia de 2018 apenas três semanas atrás, em 06 de Novembro -- oferece sua própria descrição de cidade inteligente com foco em atender as necessidades de seus moradores.
Uma cidade que utiliza tecnologia para melhorar a vida de suas pessoas ao tornar as coisas mais fáceis, rápidas e confiáveis. As pessoas querem -- e com boa razão -- poupar tempo e se poupar trabalho. Interagir com a administração pública é muitas vezes insuportável. Ferramentas digitais tornam a experiência mais eficiente e suportável.
E você? Consegue pensar em como a tecnologia poderia aumentar a qualidade de vida na sua cidade?
That's all folks!
Fontes:
Dados abertos em cidades inteligentes: portais de dados abertos possibilitando o acesso e uso da informação
What is SMART CITY? What does SMART CITY mean? SMART CITY meaning, definition & explanation
Smart cities: A world of opportunity in data
City Data - Amsterdam
Athens joins the international club of smart cities
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