Você conhece os Hackdays?

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Está pensando que os Hackdays são competições para pessoas mal intencionadas invadir computadores? Então, o que acontece é que muitos de nós associamos a palavra hacker ao criminoso virtual, mas essa não é a definição correta. Qualquer pessoa que se dedique intensamente em alguma área específica da computação e descobre utilidades além das previstas nas especificações originais pode ser considerado um hacker.



Nesse contexto, os Hackdays são encontros ou competições de desenvolvedores para colaborar em projetos inovadores. Dessa forma, Hackdays também são realizados em torno de dados abertos. Eles funcionam da seguinte forma: uma série de conjuntos de dados é lançada e os programadores têm um período de tempo, de 48 horas a até algumas semanas, para desenvolver aplicativos. O melhor aplicativo construído com base nos dados é, então, premiado.

Vários governos e organizações de diversos países (como Reino Unido, Estados  Unidos, Noruega, Austrália, Espanha, Dinamarca e Finlândia) já realizaram Hackdays com dados abertos. Alguns exemplos são:

Apps for Democracy: foi uma das primeiras competições nos Estados Unidos, lançada em outubro de 2008 por Vivek Kundra. Kundra tinha desenvolvido o inovador catálogo de dados abertos OCTO que disponibilizava diversas informações, como atualizações em tempo real das incidências de crimes no distrito,  notas escolares anonimizadas e indicadores de pobreza por região – na ocasião, o mais abrangente conjunto de dados abertos  locais do mundo. O desafio era torná-lo útil para os cidadãos, visitantes, empresários e agências do governo de Washington,  e a solução foi criar o concurso, pedindo às pessoas que criassem aplicativos usando os dados do conjunto recém lançado.

Desafio Abre Datos: organizado na Espanha em abril de 2010, convidou desenvolvedores a criar, em apenas 48 horas, aplicativos de código aberto fazendo uso de dados públicos.  A competição teve 29 equipes participantes, que desenvolveram diversos programas: entre eles, um  aplicativo de celular para acessar informações de tráfego no País Basco e outro para acessar dados sobre as linhas e pontos de ônibus em Madri.
Mashup Australia: a força-tarefa australiana de governo 2.0 convidou os cidadãos a mostrar por que o acesso aberto a informações do governo seria positivo para a economia do país e para o desenvolvimento social. O concurso contou com 82 aplicativos e durou de 7 de outubro a 13 de  novembro de 2009.

Microbolsas Hacker: organizadas no Brasil pela comunidade Transparência Hacker, têm um modelo diferente das competições tradicionais. Os desenvolvedores (ou hackers e ativistas de qualquer  área) submetem ideias de projetos em vez de aplicativos prontos,  gerando cerca de 10 ideias por edição mensal.

E você? Já participou de algum Hackday? Ou já ouviu falar de algum? Conta pra gente!

2 Comentários

  1. Muito bom. Gostei da explicação sobre o termo, pois há muito preconceito sobre esses eventos, principalmente das pessoas que não são da área de TI. E como aprendemos ao longo do curso de Sistemas de Informação existe o conceito do "Hacker Ético".

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    1. Exatamente, Diego. Além disso, disseminar a verdade sobre eventos como esses é muito importante para o mundo dos dados abertos, pois é uma forma muito usada para incentivar o desenvolvimento de ferramentas usando esses dados. Obrigada!

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